O Projeto “Centenário de Vinicius de Moraes” propõe um olhar sensível para a sua música e poesia. De forma leve e prazerosa, durante o ano letivo, os alunos puderam conhecer em sala de aula as muitas facetas de Vinicius e no Festival mostraram por meio de apresentações musicais, de poemas, de dança e teatro suas percepções acerca de sua obra.
Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, conhecido como Vinicius de Moraes, nasceu em 19 de Outubro de 1913, no Rio de Janeiro, e faleceu em 9 de Julho de 1980 também no Rio. Formou-se em Direito, estudou Literatura Inglesa em Oxford, na Inglaterra, atuou como jornalista, cronista, crítico de cinema e ingressou na carreira diplomática, que abandonou para tornar-se músico e poeta. Hoje é reconhecido mundialmente.
“Garota de Ipanema”, a canção mais conhecida de Vinicius de Moraes foi composta em parceria com Tom Jobim em 1962, chegando a ser considerada o Hino da Bossa Nova, mais ainda do que “Chega de Saudade”, gravada por João Gilberto em 1958, que havia provocado uma verdadeira revolução na música popular. Ela pode ser considerado um dos maiores standards do século XX. Já foi e continua sendo gravada por tanta gente, que não se sabe como seus royalties são administrados pelas sociedades que cuidam disso. Oficialmente teria perto de 300 gravações, mas o número real deve estar perto do dobro disso, considerando-se as versões não autorizadas que vivem sendo feitas. Frank Sinatra a gravou e, claro, você sabe quem ele é. Mas saberia dizer quem é Floyd the Barber? Não? Pois é. Floyd é um cantor de Rap. Diz-se que sua gravação de “Garota de Ipanema” é legalizada. Quanto ao número de execuções da canção, segundo dados oficiais, “Garota de Ipanema” rivaliza com “Yesterday”, de Lennon & McCartney, as duas ultrapassando a casa dos 5 milhões.
Hoje em dia os principais portais da internet contêm, cada qual, um mínimo de 600 mil entradas relativas a “The Girl from Ipanema”. Fora os sites em russo, grego, japonês, chinês, coreano, árabe e outras línguas para as quais o computador necessitaria ter os caracteres adaptados. (Do livro “Chega de Saudade”, de Ruy Castro e “Coleção Folha-50 anos de Bossa Nova”).< /em>
As professoras responsáveis agradecem a Direção, Coordenação, Professores e Funcionários da Etec Pedro D’Arcádia Neto, a FAC – Fundação Assisense de Cultura, Armazem da Terra e os alunos pela participação, e os parabenizam pelo brilhante desempenho e dedicação. Mesmo na correria do cotidiano foi possível reservar espaço para a arte, a beleza, a poesia…
“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida” (Vinicius de Moraes)
Texto: Maísa Manaresi
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